Procurador-geral de Justiça de SP solicita desobstrução imediata de rua ocupada por golpistas em frente à Alesp
11 de novembro de 2022 - 13h19
Por Lúcia Rodrigues
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, solicitou ao secretário da Segurança Pública do Estado, general João Camilo Pires de Campos, a desobstrução imediata da rua em frente à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), que está bloqueada por golpistas que não aceitaram a vitória de Lula na eleição do último dia 30, e pedem um golpe militar para impedir sua posse.
Em documento enviado ao presidente da Casa, o tucano Carlão Pignatari, Sarrubbo informa que atende à solicitação da bancada do Partido dos Trabalhadores, que enviou representação ao chefe do Ministério Público paulista nessa quinta-feira, 10, pedindo o desbloqueio da via.
“Ante a solicitação trazida ao Ministério Público, encaminhamos o expediente para eventuais providências pelo Secretário da Segurança Pública, visando a imediata dispersão dos manifestantes que se encontram em frente à Assembleia Legislativa”, escreve.
“Inúmeras manifestações relacionadas com os resultados das eleições divulgados na noite do dia 30 de outubro de 2022, vêm sendo desenvolvidas através obstrução com veículos automotores e populares na Rua Sargento Mário Kozell Filho, principal via pública de acesso as dependências da referida Casa de Leis, inclusive quanto ao estacionamento de funcionários e convidados.”
“A situação acima está impedimento o livre trânsito de cidadãos, veículos e funcionários, em franco prejuízo ao ingresso à mencionada Casa de Leis e seu funcionamento, subvertendo a ordem legal instituída e desafiando o processo eleitoral, no que tange à sua legitimidade e eficácia como forma de expressão da vontade popular.”
Sarrubbo também cita o velório da cantora Gal Costa, que ocorre nesta sexta-feira, 11, no hall monumental da Alesp, como um momento que pode gerar transtornos para as pessoas que querem participar da cerimônia.
“Certamente com grande afluência de público, fato que poderá acarretar tumulto com a impossibilidade de trânsito no local”, diz trecho do documento enviado pelo chefe do MP ao presidente da Assembleia Legislativa.