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BRASÍLIA

Ponte com nome de general ditador é alterado para o de presidente da UNE assassinado pelos militares

O ex-presidente da UNE Honestino Guimarães foi sequestrado e morto por agentes da ditadura militar em 1973

13 de dezembro de 2022 - 22h12

Por Lúcia Rodrigues

A Câmara Legislativa do Distrito Federal derrubou nesta terça-feira, 13, o veto do governador Ibaneis Rocha (MDB), que impedia a troca do nome da ponte que homenageava o general ditador Arthur da Costa e Silva pelo do ex-presidente da UNE, Honestino Guimarães, assassinado pela ditadura militar em 1973. Até hoje seu corpo não foi entregue à família.

O projeto de lei de autoria do deputado distrital Leandro Grass (PV) obteve 17 votos favoráveis. Votaram contra, quatro parlamentares.

Coincidentemente, a derrubada do veto ocorre no dia em que o AI-5, o ato institucional mais feroz contra a oposição à ditadura militar, decretado por Costa e Silva, completa 54 anos.

“Foi um grande avanço do ponto de vista da memória. Não faz sentido um ditador responsável pelo AI-5 dar nome a uma ponte”, enfatiza o parlamentar.

Segundo ele, outra lei de sua autoria impede que torturadores que constem da lista da Comissão Nacional da Verdade nomeiem logradouros e equipamentos públicos.

 

 

 


Comentários

Rosângela Maria Pires

14/12/2022 - 00h59

Desejo com intensidade que todos os TORTURADORES paguem na justiça pelos crimes de tortura e assassinatos contra as pessoas que não tiveram seus direitos respeitados. Que a mesma anistia dada às pessoas torturadas e assassinadas pelo estado não seja dada aos TORTURADORES . A esses a justiça e a prisão. Anistiar ditadores, TORTURADORES, Nunca Mais!!

Daniel Pereira de Almeida

14/12/2022 - 14h55

Parabéns a Câmara Legislativa do DF.

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