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FORÇAS ARMADAS

General que blinda Braga Netto no caso Marielle pode assumir comando do Estado-Maior do Exército

Os generais Walter Braga Netto e Richard Nunes

26 de março de 2024 - 17h01

Por Lúcia Rodrigues 

O general Richard Nunes, apontado como o nome mais provável para assumir o comando do Estado-Maior do Exército, disse em entrevista à imprensa, que a responsabilidade pela nomeação do delegado Rivaldo Barbosa, acusado pela Polícia Federal de participação no planejamento da morte da então vereadora Marielle Franco, é dele. “A responsabilidade é minha, de mais ninguém.”

Curiosamente, ele havia dado outra declaração no final do ano passado à Polícia Federal. No depoimento prestado no bojo das investigações para entender como se dera a ascenção de Barbosa ao cargo de chefe da Polícia Civil carioca, o general destacou que o nome chegara a ele por recomendação do Serviço de Inteligência do Comando Militar Leste, em uma lista com cinco indicações.

Nunes disse à PF à época, que havia optado pelo delegado Delmir Gouvea, que não constava da relação do Exército. Mas com a negativa deste, Barbosa foi nomeado.

É surpreendente que um delegado que contava com a simpatia de setores da esquerda, constasse como nome de uma lista da inteligência do Exército, para chefiar a Polícia Civil sob a égide de uma intervenção de perfil conservador.

Retrospecto

Antes de assumir como interventor federal em fevereiro de 2018, Braga Netto comandava justamente o Comando Militar Leste. E anteriormente também tinha atuado no Serviço de Inteligência do Exército.

No Comando Militar Leste, desde 2016, tinha sob suas ordens 50 mil militares.

Como interventor, passou a acumular o cargo de comandante do Comando Militar Leste, e a mandar também nas policias militar, civil e penal, além do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro.

Todo esse poder não se refletiu em ações de combate ao crime organizado nem as milícias que atuam na região.

O Escritório do Crime continou a agir com desenvoltura. E Marielle Franco foi executada com seu motorista, Anderson Gomes, menos de um mês após Braga Netto se tornar interventor da Segurança Pública no Estado.

 

 

 

 

 


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