Flávio Dino afirma que extremistas bolsonaristas que cometeram atos de violência serão responsabilizados
13 de dezembro de 2022 - 02h52
Da redação
A violência praticada por extremistas bolsonaristas que tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília, e depredaram e incendiaram carros no local e ônibus em vias da capital federal, um deles, inclusive, ficou pendurado sobre um viaduto, na noite desta segunda, 12, será punida.
A afirmação é do futuro ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino, durante entrevista coletiva concedida, no final da noite, ao lado do secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, delegado Júlio Danilo, e do coordenador da segurança de Lula, o delegado da Polícia Federal e futuro chefe da instituição, Andrei Rodrigues.
“Ninguém, absolutamente ninguém, com atos de violência vai fazer cessar a providência de responsabilização. Isso todos podem ficar tranquilos”, frisou Dino, que ainda enfatizou que todas as medidas serão tomadas nos termos da lei.
“Nós temos imagens, foram feitas filmagens. Tem como identificar quem está ou não envolvido nesses atos”, reforçou o secretário da Segurança Pública do Distrito Federal. Ele não soube responder, no entanto, se algum golpista havia sido preso.
A segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está hospedado em um hotel de Brasilia, em nenhum momento correu risco, segundo o delegado Rodrigues e o futuro ministro.
“Lula continua no hotel, onde permanecerá”, ressaltou Rodrigues, dissipando boatos que afirmavam que o presidente eleito deixaria o local em um helicóptero.
O secretário da Segurança Pública afirmou ainda que a permanência do acampamento golpista em frente ao quartel de Brasília será reavaliada, já que os extremistas que provocaram o caos vieram de lá.
“Há pessoas, infelizmente, desejando o caos antidemocrático? Sim, há. Mas essas pessoas não venceram e não vencerão amanhã. O estado democrático de direito tem o dever de agir em defesa da lei”, destacou o futuro ministro da Justiça.
Acompanhe a seguir a íntegra da entrevista coletiva.