Documentário de jornalistas mostra reprodução de métodos da Lava Jato na justiça da Paraíba
04 de maio de 2022 - 16h21
Da redação
Dividido em nove episódios, o documentário Justiça Contaminada – O Teatro Lavajatista da Operação Calvário na Paraíba, dos jornalistas Eduardo Reina e Camilo Toscano, revela mais uma trama urdida pelo espírito lavajatista que impregnou parte significativa da justiça brasileira.
O alvo da Operação Calvário, como ficou conhecida a ação no Estado nordestino, foi o ex-governador Ricardo Coutinho.
Depois de analisarem mais de 10 mil páginas de processos, com acusações e defesas, além de uma série de entrevistas, os repórteres chegaram à conclusão que o político foi vítima de um processo inquisitorial.
Eles também detectaram paralelos entre a operação na Paraíba e a Lava Jato do Paraná. As delações premiadas utilizadas por Sérgio Moro no processo contra o ex-presidente Lula, também foram verificadas contra Coutinho.
O principal delator da Calvário, segundo os jornalistas, é Daniel Gomes da Silva, que obteve regalias para acusar o ex-governador e seu grupo político.
Os jornalistas afirmam que o delator usava um notebook na cela da Penitenciária da Papuda, em Brasília, para transcrever conversas que foram utilizadas para sustentar prisões, buscas e apreensões e as acusações feitas pelo Ministério Público.
O promotor Octávio Paulo Neto e o desembargador Ricardo Vital eram chamados pela imprensa local de Moro e Dallagnol da Paraíba, em alusão aos dois chefes da Lava Jato.
Justiça Contaminada – O Teatro Lavajatista da Operação Calvário na Paraíba estreia nesta quarta-feira, 4, às 19h30, na TV Conjur.
https://youtu.be/x0Nl9uUhV4A