Deputado bolsonarista glorifica PRF e trata morte de Genivaldo como irregularidade
02 de junho de 2022 - 10h08
Por Lúcia Rodrigues
O deputado bolsonarista delegado Eder Mauro (PL-PA), integrante da bancada da bala da Câmara dos Deputados, tratou a execução de Genivaldo de Jesus Santos, assassinado dentro de um camburão da PRF transformado em uma câmara de gás, em Sergipe, como uma irregularidade.
A afirmação foi feita nesta quarta-feira, 1, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara ao criticar a convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, pelo órgão, para prestar esclarecimentos sobre a morte de Genivaldo.
“As providências a Polícia Rodoviária já tomou, que foi passar inquérito policial, instaurar um processo administrativo e afastar de imediato os servidores que cometeram a irregularidade.”
E foi além: “Quero glorificar a instituição Polícia Rodoviária Federal, assim como a Polícia Federal e a polícia do meu Estado, que hoje está amarrada por esse governador (Helder Barbalho) bandido, que lá está”, enfatizou.
Na mesma sessão, Mauro também pediu paredão (de fuzilamento), para uma professora que, segundo ele, teria comparado Jesus Cristo a um bandido.
“A pior de todas as coisas aconteceu esta semana, que foi a intolerância religiosa denunciada pelo ator Mário Gomes, onde uma jumenta empoderada comunista, que simplesmente envergonha a classe dos professores, quer comparar Jesus Cristo com bandido.”
Enquanto vociferava, Mauro abanava uma folha de papel com uma ilustração de Jesus pregado à cruz.
Ele também se referiu às pessoas mortas na chacina de Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, como bandidos, embora várias delas não tivessem envolvimento com o tráfico.
“Que ela compare bandido com aqueles mais de 20 que foram mortos lá no Rio de Janeiro. Esta jumenta empoderada comunista deveria ter sido colocada num tribunal, num paredão (de fuzilamento), para que ela não levasse esse seu entendimento para a nossa juventude que está em formação de caráter”, frisou.