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TRIBUNAL DOS POVOS

Bolsonaro será julgado por crimes contra humanidade cometidos durante pandemia

17 de maio de 2022 - 00h08

Por Lúcia Rodrigues

O presidente Jair Bolsonaro estará no banco dos réus durante o julgamento promovido pelo Tribunal Permanente dos Povos, que irá analisar os crimes cometidos durante a pandemia de Covid-19 contra os povos indígenas, a população negra e os profissionais da área da saúde.

A 50ª sessão do Tribunal vai ocorrer simultaneamente em São Paulo, no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), e em Roma, capital da Itália, nos próximos dias 24 e 25, entre as 8h45 e 13h30.

O evento será transmitido pelo Youtube das entidades organizadoras. Holofote retransmitirá os dois dias de julgamento.

São aguardados nomes de reputação internacional nas áreas do direito, da saúde e das ciências sociais para integrar o corpo do júri, que será presidido pelo ex-juiz italiano e professor catedrático da Universidade de Roma Luigi Ferrajoli.

Ao todo, 12 representantes de várias nacionalidades vão julgar os crimes contra a humanidade praticados por Bolsonaro e seu governo.

O Brasil terá quatro membros: a ex-desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo Kenarik Boujikian, a líder indígena e antropóloga Joziléa Kaingang, a líder quilombola e advogada Vercilene Dias Kalunga e o embaixador e ex-ministro Rubens Ricupero.

Os professores catedráticos da Universidade de Coimbra Boaventura de Sousa Santos e da Universidade Autônoma de Lisboa Luís Moita são os portugueses presentes no corpo do júri.

Argentina, Antígua, Grã Bretanha, Itália e Suíça também terão representantes no Tribunal.

A acusação será sustentada pela advogada e professora de Direito Constitucional da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo Eloísa Machado, pelo advogado da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Maurício Terena e pela advogada da Coalizão Negra por Direitos, Sheila de Carvalho.

A defesa do presidente estará a cargo do representante indicado pelo governo, que já foi notificado do julgamento. Se não indicar ninguém, o Tribunal designará um defensor ad hoc.

Como funciona o Tribunal

Ainda que não tenha efeito condenatório é um importante mecanismo de denúncia das graves violações aos direitos humanos praticadas por autoridades públicas e agentes privados.

Com ampla participação de entidades e movimentos sociais na denúncia dessas violações, é um tribunal de opinião dedicado aos direitos dos povos.

Fundado pelo advogado, político e militante antifascista Lelio Basso (1903-1978), tem sua sede na cidade de Roma.

É considerado herdeiro do Tribunal Russell, formado em 1966 para investigar crimes e atrocidades cometidas na Guerra do Vietnã.

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), a Coalizão Negra por Direitos e a Internacional de
Serviços Públicos são as anfitriãs do evento.

Serão emitidos certificados para os participantes. Para se inscrever para acompanhar o julgamento de forma presencial ou virtual clique aqui.

Para quem comparecer à Faculdade de Direito da USP, será exigida a apresentação da carteirinha de vacinação contra a Covid-19 e o uso de máscara pff2 ou N95.


Comentários

Moacir sales

17/05/2022 - 11h08

Que seja feita justiça!

Jose Olvadias Ferreira

17/05/2022 - 16h02

Absurda acusação..!
Desprovida de verdade e de analise lógica!
Matéria redigida baseada na falta de raciocínio com viés ideológico.

Sandro Luiz de Paula Teixeira

17/05/2022 - 16h03

Eu quero ver o julgamento

Neusa Campos Januario

23/05/2022 - 22h49

Ele tem que ser condenado por todo descaso, deboche, pel falta de recursos para saúde, pelas notícias falsa, pelz insistência em divulgar tratamento sem eficácia,. Por tudo que fez para não comprar vacinas. Pelo sofrimento dos q morreram , pelo sofrimento dos que perderam entes queridos.

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