Assista ao vivo, às 16h, ato em repúdio ao golpe militar em Juiz de Fora, de onde partiram as tropas para depor Jango
01 de abril de 2024 - 17h23
Por Lúcia Rodrigues
Ex-presos políticos, familiares de mortos e desaparecidos e ativistas de direitos humanos participam na tarde desta segunda-feira, 1, da manifestação em descomemoração aos 60 anos do golpe militar, na Praça Antônio Carlos, no centro de Juiz de Fora, na Zona da Mata. Holofote retransmite o ato a partir das 16h.
Foi da cidade mineira, que partiram as tropas golpistas, lideradas pelo general Olímpio Mourão, que derrubaram o presidente João Goulart.
No início desta manhã, um comboio de ônibus e automóveis partiu do centro do Rio de Janeiro percorrendo o caminho inverso ao dos golpistas.
A ideia da marcha reversa surgiu no final do ano passado em um congresso de direitos humanos, que ocorreu em Niterói, como sugestão da prefeita de Juiz de Fora, a petista Margarida Salomão.
Nesta tarde, ela será a anfitriã dos familiares do ex-presidente João Goulart. Participam da manifestação, a viúva de Jango, Maria Thereza, e os filhos, dentre eles João Vicente Goulart.
Parentes dos primeiros prisioneiros políticos da ditadura, também comparecem ao protesto.
“No dia 28 de março (de 1964), Mourão já mandava em Juiz de Fora, comandando as operações Silêncio e Cadeia. As primeiras prisões ocorreram no dia 30”, explica o secretário especial de Direitos Humanos da Prefeitura, Gabriel dos Santos Rocha, o Biel.
A Auditoria Militar, em que a ex-presidente Dilma Rousseff foi julgada, estava sediada na praça onde ocorre o ato, e ainda hoje funciona uma unidade do Exército, que mantém estacionado um tanque de guerra de frente para a rua.