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50 ANOS DO 25 DE ABRIL

Revolução dos Cravos teve duas senhas antes de militares colocarem tropas na rua para derrubar ditadura

Cravo no cano das metralhadoras se tornou o símbolo e o nome da Revolução que derrubou a ditadura salazarista. Era primavera em Portugal, e as floristas que trabalhavam no centro de Lisboa passaram a doar cravos para os militares

18 de abril de 2024 - 03h20

Por Lúcia Rodrigues

Há 50 anos a internet não existia e a TV ainda era produto de luxo, ausente na maioria dos lares portugueses.

A senha para os militares que participariam da derrubada da feroz ditadura salazarista, que perdurou por 48 longos anos, viria pelas ondas do rádio.

A canção de Zeca Afonso, Grândola, Vila Morena, símbolo da resistência, tornou-se o hino da Revolução dos Cravos.

Mas o que muitos não sabem é que Grândola não foi a única nem mesmo a primeira senha do MFA, o Movimento das Forças Armadas, que derrubou a ditadura.

O primeiro código que mobilizou militares em várias partes do país, foi emitido às 22h55 de 24 de abril, pelos Emissores Associados de Lisboa.

Apresentada no Festival Eurovisão da Canção, no Reino Unido, menos de 20 dias antes da Revolução eclodir, E depois do Adeus era uma música essencialmente de amor e não despertava nenhum tipo de suspeita.

Cerca de meia hora depois, ia ao ar pela Rádio Renascença, emissora católica, Grândola. A partir dali já não se podia recuar. A revolução estava em marcha.

Acompanhe a seguir E depois do Adeus na interpretação de Paulo de Carvalho, no Festival. Na sequência, assista a apresentação magistral de Zeca Afonso, interpretando Grândola, no Coliseu dos Recreios, em 1983, a casa mais importante de espetáculos em Portugal à época.

 

 

 

 


Comentários

Jamil

18/04/2024 - 10h45

Lindo e eterno hino da revolução de 25 de abril que derrubou o facismo salazarista e abriu perspectivas para o povo de Portugal . Viva o PCP

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