Esquerda francesa estaria no segundo turno se tivesse se unido em uma única candidatura
11 de abril de 2022 - 13h36
Por Lúcia Rodrigues
A disputa do segundo turno das eleições para a Presidência da França poderia ser diferente, se os candidatos de partidos de esquerda tivessem se unido em torno de uma única candidatura.
O resultado final do primeiro turno, que ocorreu neste domingo, 10, aponta o atual presidente da República, Emmanuel Macron, com 27,84% votos e a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, com 23,15% da votação.
Em terceiro lugar, colado em Le Pen, aparece o candidato de esquerda Jean-Luc Mélenchon, com 21,95% dos votos.
Uma diferença de 1,2% separaram Mélenchon da disputa presidencial no próximo dia 24 de abril, quando ocorre o segundo turno da eleição francesa
Com o resultado apurado, a maioria dos candidatos de esquerda já declaram apoio a Macron ou voto contra Le Pen.
Mas se tivessem se unido em torno da melhor candidatura posicionada nas pesquisas, poderiam ter chegado à frente de Macron no pleito e ainda tirado Le Pen da disputa.
A soma dos votos do candidato ambientalista Yannick Jadot, 4,63%, com a votação do comunista Fabien Roussel, que obteve 2,28%, com a da prefeita de Paris, a socialista Anne Hidalgo, com 1,75%, com a de Philippe Poutou, do Novo Partido Anticapitalista, com 0,77% e a de Nathalie Arthaud, do Lutte Ouvrière, com 0,56%, teriam colocado Mélenchon no páreo, com mais de 30% dos votos válidos.
Pesquisa do Ifop (Instituto Francês de Opinião Pública) prevê uma disputa equilibrada no segundo turno entre Macron, com 51% dos votos e Le Pen, com 49%.
Ainda segundo o mesmo instituto, 44% dos eleitores de Mélenchon podem se abster da votação no dia 24 de abril.