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SEM PUNIÇÃO

Militar que matou Che Guevara, morre aos 80 anos na Bolívia

Detalhe da fachada da escola onde Che Guevara foi mantido preso, antes de ser executado. Local foi transformado em memorial em sua homenagem

10 de março de 2022 - 23h44

Por Lúcia Rodrigues

Morreu nesta quinta-feira, 10, aos 80 anos, vítima de câncer de próstata, Mario Terán Salazar, o militar boliviano que afirmou ter executado o líder guerrilheiro Ernesto Che Guevara há 54 anos, em La Higuera, uma aldeia camponesa, localizada a 250 quilômetros de Santa Cruz de la Sierra.

Che foi capturado no dia 8 de outubro de 1967, no fundo de um vale conhecido como Quebrada del Churo, onde hoje há um memorial em sua homenagem, após ser cercado por militares do Exército boliviano apoiados pelos Estados Unidos.

Ferido, foi obrigado a subir uma longa picada pelo meio do mato, antes de ser conduzido para uma pequena escola, onde seria mantido preso até sua execução no dia seguinte.

Dali, seu corpo foi levado para a lavanderia do Hospital de Vallegrande, município onde está localizada a aldeia de La Higuera, para ser lavado e exposto como um troféu à visitação.

As imagens tiveram efeito contrário ao pretendido pelos militares e acabaram divulgando para o mundo  a figura de um guerrilheiro que encarou seus algozes com os olhos abertos, mesmo após sua morte.

Oito anos antes de ser morto, Che havia deposto o ditador Fulgêncio Batista, durante a Revolução Cubana, ao lado de Fidel, Raul Casto e Camilo Cienfuegos.

À frente do governo revolucionário, presidiu o Banco Nacional de Cuba e foi ministro da Indústria. Preferiu abandonar os cargos, para liderar uma revolução que se provou frustrada no Congo, antes de partir para a morte na Bolívia.

 


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