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CAMINHADA DO SILÊNCIO

Entidades de direitos humanos realizam passeata para lembrar mortos por agentes do Estado desde ditadura militar; Assista em Holofote

Painel com o rosto de ativistas de esquerda assassinados pelas forças de repressão da ditadura militar

31 de março de 2022 - 13h48

 

Por Lúcia Rodrigues

Entidades de direitos humanos, como o Instituto Vladimir Herzog e o Núcleo Memória, capitaneadas pelo Movimento Vozes do Silêncio, organizam na tarde desta quinta-feira, 31, em São Paulo, uma marcha para lembrar as vítimas mortas por agentes do Estado desde a ditadura militar até os dias atuais.

A Caminhada do Silêncio, como é conhecida a manifestação, ocorre pela segunda vez na capital paulista e pretende reunir familiares de mortos nos Anos de Chumbo e em chacinas como a da Favela de Paraisópolis, que matou nove jovens que participavam de um baile funk, em dezembro de 2019.

A manifestação, que será retransmitida ao vivo por Holofote, também vai homenagear as vítimas da Covid-19, que já ceifou a vida de quase 660 mil pessoas.

A concentração para o ato ocorre, a partir das 17h, na Praça da Paz, em frente aos portões 7 e 8 do Parque Ibirapuera, localizados na avenida República do Líbano.

Às 19h, os manifestantes seguem em caminhada silenciosa até o monumento em homenagem aos mortos e desaparecidos políticos, também em frente ao Parque Ibirapuera.

O Movimento Vozes do Silêncio divulgou um manifesto em que repudia a violência policial e os ataques às instituições democráticas praticados por representantes do Estado. Leia a íntegra do documento ao final.

Atos pelo país

Além de São Paulo, ativistas ligados a partidos de esquerda e movimentos sociais também organizam uma marcha silenciosa no centro de Fortaleza, nesta quinta, para lembrar as vítimas da violência praticada por agentes do Estado.

A concentração ocorre, às 16h, em frente à Secretaria da Cultura da Prefeitura. De lá, os manifestantes seguem para a Casa Frei Tito de Alencar.

No Recife, manifestantes ligados a movimentos sociais protestam contra o golpe militar, que completa 58 anos nesta quinta, e pedem a punição dos torturadores.

Eles se encontram na Praça Padre Henrique, em frente ao prédio do Grupo Tortura Nunca Mais, às 16h, e caminham em passeata até a Calçada da História, na rua da Aurora.

Na sexta, 1, é a vez dos baianos protestarem. A manifestação, organizada pelo Grupo Tortura Nunca Mais da Bahia e pela Geração 68, pede a saída de Bolsonaro da Presidência.

Os ativistas se reúnem, às 16h, na Praça da Piedade e seguem até o monumento em homenagem aos mortos e desaparecidos políticos, localizado no Campo da Pólvora.

Também na sexta, os cariocas saem às ruas para dizer não à ditadura. O ato está marcado para as 16h, na avenida Rio Branco, em frente à estação de metrô da Carioca, no centro da cidade.

 

Leia a seguir o manifesto divulgado pelo Movimento Vozes do Silêncio


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